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Mulheres no mundo da política

A presença do público feminino para se candidatar é algo essencial para o fortalecimento da democracia.​

A participação de mulheres na política vem aumentando cada dia mais conforme o passar dos anos, quebrando barreiras e preconceitos de que o público feminino não pode fazer parte da política. Afinal, a representatividade feminina é de extrema importância quando pensamos em lutar pelos direitos das mulheres, em um contexto onde ocorre muito preconceito e exclusão entre elas. O aumento da participação das mulheres na política é o questionamento de que estão conquistando seu espaço, porém, mesmo com esse grande avanço, ainda tem muito que lutar para conseguir quebrar definitivamente essas barreiras, principalmente pelo fato da política ser um lugar de decisão e poder, e acaba tornado-se um espaço privilegiado para homens.

No ranking que avalia a posição do nosso país com mulheres na política, o Brasil se encontra em 154º lugar, mostrando que a luta para permanecer e vencer o preconceito é diária. No ano de 1932, o público feminino conseguiu o direito de votar e até mesmo de se candidatar a cargos políticos, tornando-se um ano marcante para as mulheres. A Vereadora e Vice Presidente da câmara do município de Brejo, Thalia Dantas Dutra, de 28 anos, conta que desde pequena já sabia em qual profissão iria exercer. "Atualmente o número de candidatas e de mulheres eleitas vem crescendo, isso mostra que nós mulheres aos poucos estamos conquistando os direitos no nosso lugar na sociedade. O público feminino está cada vez mais interessado pela política e procurando cada vez mais se ingressar nela, trazendo muitas mudanças positivas para o atual estado do nosso país. A grande luta pelo preconceito dentro do mundo da política é de uma porcentagem muito alta, pois a maioria das pessoas que exercem nessas áreas são homens. No ano em que eu entrei para a política, eu sofri muito preconceito, pois os homens queriam estar à frente de todas as situações, mostrando que nós mulheres, não merecíamos ficar com a atitude do poder e de tomar alguma decisão. A luta por essa igualdade nunca parou e nunca vai parar, nós mulheres somos firmes e fortes o suficiente para mostrar que também somos capazes de realizar os nossos compromissos. As mulheres atualmente não lutam apenas pela igualdade na política, elas lutam por tudo, mostrando que são importantes em tudo que forem fazer, não somos menores e nem incapazes de fazer algo e podemos realizar grandes transformações. Assim como Thalia, muitas mulheres lutam diariamente para conquistar seu espaço na política. O preconceito acontece não só quando estamos tentando lutar por algo, mas depois que conseguimos também, o preconceito é diário até mostrar que somos merecedoras e também merecemos lutar.

Tayna Paolino, tem 26 anos, Cientista Política na Unirio e Presidenta da UJS Carioca, começou a militância no grêmio do Colégio Pedro II da Tijuca e foi presidenta da Amis (Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas) e conta sobre a importância das mulheres na Política.

"A luta das mulheres na Política é muito importante, porque além de sermos a maioria da população, ainda conseguimos colocar a pauta das mulheres em alta com o direito a cidade, a luta do direito da educação, a lei Maria da Penha, sabemos que quando o público feminino pega um ônibus para ir à universidade ou ao trabalho, só nós podemos identificar e falar as nossas necessidades e interesses. O espaço da política ainda é um espaço muito machista e com o movimento estudantil nós avançamos muito, observamos diversas mulheres ocupando o espaço de poder, os centros acadêmicos e assembléias, mas não podemos falar a mesma coisa dos sindicatos e nem dos parlamentos, ainda existe uma pequena porcentagem de público feminino que ocupa essas cadeiras e não chega nem a 10% no congresso nacional. Nós observamos que no último período aumentou o número de candidaturas femininas, mas, o Brasil hoje ele vive um impasse, ou ele vai avançar os direitos das mulheres ou tirarem as mulheres desses espaços. As mulheres precisam atingir 30% de cotas no parlamento, em 2016 o número de mulheres candidatas foi de 46.000 mil vereadoras e 33% tiveram dez ou menos votos, o que significa que só 12.000 mil mulheres fizeram realmente campanhas para serem votadas, esse é um número assustador porque conseguimos observar que esse espaço da política ainda não estão garantidos a representação das mulheres.” “A nossa proposta dos movimentos sociais, movimentos feministas é uma escola democrática, uma escola que não separe "isso é brinquedo de menino e isso é brinquedo de menina" uma escola que dê a capacidade de todo ser humano se expressar para o que tem de melhor." declara Tayna.


Fotos da entrevistada Tayna, cedidas pela mesma.

Assim, apesar desse preconceito e dessa luta diária pela igualdade na sociedade, as mulheres continuam crescendo e lutando para chegar onde desejam e lutam para conquistar seus cargos, seja na política, na ciência, seja onde elas desejarem e sempre juntas. Fontes: Blog do Boitempo | Revista Abril | Uol | Extra.com | Globo

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